Por: Felipe Goettenauer e Maick Frank
Impostos são arrecadados diariamente, vindo
estes dos mais simples gastos feitos pela população. Esse arrecadamento, tem
como função principal a melhoria de diversas áreas, uma dessas é a saúde que
mesmo com grande faturamento mensal de impostos, deixa visível precariedade e
má administração, apresentado assim carência para que necessita dos seu
serviços. Constantes reclamações repercutem na mídia, essas, dos mais variados
motivos, sendo como foco principal o descaso do poder publico com a população,
a demanda de médicos e o mal gerenciamento de hospitais e postos de saúde.
Dados
fornecidos pelo governo.
Segundo o Portal da Saúde,o governo federal repassou em Agosto de 2013 R$ 62.727.360,45, sendo destinado para o município de Aracaju mais da metade, R$ 31.934.780,78. Este total investido em Aracaju foi dividido em varias áreas da saúde, sendo elas: Atenção básica: R$3.012.751,92; Media e alta complexidade R$ 26.988.641,51; Vigilância em saúde R$ 522.542,78; Assistência farmacêutica R$ 1.159.549,22; Gestão do SUS, apesar de ser proporcionado ao estado R$ 20.000, em nenhum município houve gastos com o mesmo e investimentos que somaram no ultimo mês uma despesa de R$ 251.295,35.
Segundo o Portal da transparência , O setor acumula mais gastos no município de Aracaju é a saúde, como mostra o gráfico abaixo:
O gráfico nos mostra que as despesas com a saúde são maiores que outros setores importantes, tal como Educação. |
Secretaria da saúde de Aracaju no período de Abril a Dezembro de 2012, Stella Maris Dornelas de Abreu especifica algumas situações as quais tornam precárias as condições no sistema de saúde do município.
Devido a precariedade no atendimento e no próprio ambiente de trabalho ela explica: Que a superlotação é um dos principais problemas que o município enfrenta.
Em retomada, Stella apresenta problemas os quais tornam carente a saúde no estado: " O principal problema da saúde é o sub-financiamento, que não permite avançarmos como é o desejo de todos.."
Para a especificação da distribuição das verbas governamentais Stella é cautelosa: afirma que "O financiamento da saúde é tripartite e é destinado para pagamento de despesas com a atenção primária, média e alta complexidade, assistência farmacêutica, vigilância em saúde, gestão da saúde e investimento em obras e equipamentos. Em 2012, a receita total da SMS Aracaju representou 36,40% de repasse do Tesouro Municipal, 11,31% de repasse do Estado de Sergipe e 52,17% de repasse da União; e ainda, 0,12% proveniente de rendimento de aplicação e convênio."Explica.
Desde as carências na estrutura de trabalho às dificuldades na intervenção imediata no problemas, se esclarece em uma palavra: Sub-financiamento. Ironiza
Confira a entrevista completa abaixo:
Entrevista com Stella Maris Dornelas de Abreu Moreira, ex-secretaria de saúde de Aracaju, no período de abril à dezembro de 2012.
1) O valor proposto pelo governo era convergente com a
demanda de remédios e aparatos para melhorar o bem estar dos pacientes?
R: A receita da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju é constituída
por repasses financeiros dos três Entes da federação: União, Estado e
Município, visando atender o conjunto de necessidades de saúde da população
usuária, garantindo assim, os princípios do Sistema Único de Saúde – SUS: a
universalidade, integralidade e equidade.
Mas, esses repasses são insuficientes para
atender às necessidades da população local e da população referenciada, pois o
SUS Aracaju atende os usuários da capital, dos municípios sergipanos e de outros
Estados.
2) Existia algum tipo de desordem na demanda de carga
horária proposta para cada profissional de saúde?
R: Desordem, não.
Poucos profissionais de saúde não cumprem a
carga horária completa.
3)
Como era a distribuição das verbas fornecidas pelo
governo?
R: O financiamento da saúde é tripartite e é destinado para pagamento
de despesas com a atenção primária, média e alta complexidade, assistência
farmacêutica, vigilância em saúde, gestão da saúde e investimento em obras e
equipamentos.
Em 2012, a receita total da SMS Aracaju
representou 36,40% de repasse do Tesouro Municipal, 11,31% de repasse do Estado
de Sergipe e 52,17% de repasse da União; e ainda, 0,12% proveniente de
rendimento de aplicação e convênios.
4)
Existia algum tipo de carência em sua estrutura, a
qual poderia ser facilmente modificada, mas não ocorria por motivo de falta de
atenção na precariedade estrutural?
R: As precariedades são facilmente identificadas; porém, o sub-financiamento
da saúde dificulta a intervenção imediata.
5)
Qual o fator prejudicial que ficava claro que era o
principal problema para a rede de saúde pública, porém sem repercussão em seu
impedimento?
R: O principal problema da saúde é o sub-financiamento, que não permite
avançarmos como é o desejo de todos..
Na sequência, podemos elencar os baixos
preços da tabela SUS para procedimentos e exames médicos, o que dificulta
encontrar laboratórios, clínicas e hospitais que aceitem trabalhar pela tabela
SUS, exigindo complemento de tabela com recurso do tesouro que já é
insuficiente para a folha de pagamento.
A Justiça também exige que o município cumpra
suas determinações que comprometem cada vez mais a capacidade financeira da
Secretaria de Saúde.
Além desses três problemas elencados, a
dificuldade de profissionais médicos ainda é grande, devido a salários pouco
atrativos e falta de estrutura adequada.
6)
Como ser um profissional destacado e competente na
área da saúde pública ultimamente?
R: É necessário
ter muito amor e dedicação à profissão, sempre.
7)
Quais as principais irregularidades, porém sem
atitudes para impedi-las?
R: Não vejo irregularidades e sim, muitas dificuldades.
8)
Averiguando a super lotação de hospitais estatais e
municipais, quais as principais medidas tomadas para melhor atendimento
regional?
R: É necessário abrir hospitais e maternidades nas maiores cidades do
Estado de Sergipe para evitar que os usuários venham superlotar os hospitais e
maternidades da capital. Mas, a dificuldade de financiamento para manter o
custeio mensal é enorme e o recurso do tesouro não é suficiente para suprir as
necessidades básicas e avanços tecnológicos.
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