Por Leonardo Vasconcelos e Vivianne Pereira
No posto de saúde José Conrado de Araújo (JCA), único do bairro, trabalham quatro clínicos, dois odontólogos, dois ginecologistas e um nutricionista, além de quatro enfermeiras. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Quando precisam de atendimento médico nos fins de semana, os moradores normalmente vão ao posto do conjunto Eduardo Gomes, que funciona 24 horas, ou para Aracaju.
Mas a falta de profissionais de saúde não atinge apenas as crianças do Rosa Elze. A moradora Josefa Cristina reclama que há duas semanas fez um exame e na última segunda-feira, dia 21/11, foi ao posto de saúde entregá-lo ao médico para que lhe desse o resultado. De acordo com o que lhe informaram, ele só deve chegar em dezembro. Diante disso, ela questiona: “Hoje diz que não tem doutor para olhar o resultado. E como é que fica? Sem saber se tá doente até dezembro?” Segundo Graciene de Almeida, cujo irmão tem problemas psicológicos, quem precisa de atendimento psiquiátrico também tem que ir para outro posto.
Gerenciamento complicado
Outro problema frequentemente relatado pelos moradores se refere à demora para marcar consultas. “A agonia aqui é em matéria de marcação. Tem que estar aqui 5h da manhã pra marcar médico pra 8 ou 15 dias”, afirma a funcionária pública Roseana Lima. O diretor Adalberto Oliveira se defende, dizendo que normalmente as pessoas que reclamam da demora para marcação de fichas são aquelas que chegam de última hora e querem ser atendidas no mesmo dia.
Adalberto Oliveira |
Embora o posto disponha de quatro clínicos contratados , no momento desta reportagem esse tipo de atendimento estava sendo feito por apenas dois médicos, já que um estava em férias e outro havia pedido exoneração. Em relação a esse problema, o diretor alega que, embora solicite à Secretaria de Saúde a contratação de mais profissionais, essa tarefa é de responsabilidade da Secretaria de Administração, que só pode fazê-lo através da realização de concurso público.
Manoel Barros |
Enquanto essas medidas não são postas em prática, os usuários prosseguem reclamando: “Aqui tá uma miséria. Até o interior tá melhor. É muita gente e pouco trabalho”, desabafa Josefa Cristina.
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