30 de nov. de 2011

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

UFS realiza mais de 50 projetos de extensão em São Cristóvão

Por Érika Rodrigues e Jefferson Oliveira

Quando se fala em universidade, imediatamente se associa a atividades de ensino e pesquisa. Mas poucos sabem exatamente o que significa o terceiro elemento do tripé que sustenta essa instituição, a extensão acadêmica, que aglutina processos educativos e culturais em interações com a sociedade. A Universidade Federal de Sergipe (UFS) possui 278 projetos de extensão em andamento, dentre eles 53 voltados para o município de São Cristóvão, dos quais nove estão diretamente relacionados com o bairro Rosa Elze, onde a Cidade Universitária Prof. José Aloísio de Campos está situada.

“A extensão faz com que a comunidade perceba a materialidade da existência da universidade”, afirma a Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex) em exercício, Maria Conceição Almeida Vasconcelos. Ela explica que ao se elaborar um projeto nessa área é necessário ter um conhecimento prévio da comunidade (pesquisa), apresentar relatórios metodológicos que auxiliem no entendimento da conjuntura local (ensino) e a intervenção na comunidade (extensão propriamente dita).
As atividades de extensão podem ser enquadradas em sete eixos temáticos: educação, trabalho, saúde, cultura, direitos humanos, tecnologias e meio ambiente. A UFS possui projetos em todas as linhas e as áreas com maior demanda são saúde e educação.

Educação física e mental
“Atividade física e promoção da saúde através dos exercícios de musculação para a comunidade do Campus da UFS em São Cristóvão e Rosa Elze” é o projeto coordenado pelo professor Pedro Jorge Morais Meneses, do Departamento de Educação Física (DEF), que acontece diariamente, nos três turnos, na sala de musculação.  O objetivo é contribuir para a qualidade de vida dos participantes e desenvolver experiências voltadas à formação pedagógica dos bolsistas.

Para Dagoberto Sobrinho de Carvalho, bolsista do projeto, a iniciativa funciona como um laboratório onde se encontram alunos com condicionamento físicos diferentes, alguns com problemas de saúde, e se desenvolvem treinamentos específicos para cada situação. “Essa experiência é muito positiva para o currículo, não adianta ficar só na teoria. Através do projeto é possível vivenciar tudo e conhecer as necessidades da comunidade”, destaca. O aluno do sexto período de Educação Física afirma ainda que as situações vivenciadas são muito semelhantes às encontradas em qualquer academia de musculação. “É preciso avaliar a saúde de cada aluno e orientá-lo no que concerne à alimentação e à maneira adequada para a prática dos exercícios”, conclui.

Na opinião de Edson Costa, estudante da UFS e morador do bairro Rosa Elze, o projeto de musculação na Universidade traz tanto melhorias físicas quanto mentais. “Eu estava completamente sedentário até começar as aulas de musculação. Acho que projetos como esse fazem um bem maior do que aparentam. Além de mais saúde e bem estar pessoal, já me sinto mais disposto para as atividades do dia-a-dia, inclusive intelectuais”, relata.

Formação complementar 
Justiça Universitária Social (JUS) é outro dos projetos de extensão cujas atividades são destinadas à comunidade do Rosa Elze. Em execução desde dezembro de 2008, o JUS tem como objetivo transpor as diferentes formas de exclusão vivenciadas por brasileiros de baixa renda, garantindo seus direitos e propiciando acesso ao judiciário. Coordenado pelo professor José Afonso do Nascimento, do Departamento de Direito (DDI), a atividade tem a participação de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Extensão (Pibix), de outros docentes e alunos voluntários.

Dentre as atividades desenvolvidas destacam-se palestras e debates sobre assuntos de interesse da comunidade, e o aconselhamento jurídico. Thiago Meneses Santana, ex-coordenador estudantil do JUS, acredita que o projeto de extensão foi uma forma de sair da passividade e encarar situações reais que certamente serão semelhantes às encontradas após a formação. “O JUS foi fundamental pra mim, foi com certeza a experiência mais importante na universidade e, quem sabe, de toda minha vida”, afirma.

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