30 de nov. de 2011

ARTE & CULTURA

Projeto da UFS promove ensino de artes em escolas
Colégios de São Cristóvão são beneficiados por iniciativa do Núcleo de Artes e Design

Por Pedro Rocha

Está em vários artigos do Regimento Interno da Reitoria e do Estatuto da Universidade Federal de Sergipe (UFS): a universidade deve possuir programas que promovam o desenvolvimento da comunidade à qual ela pertence. E nenhum outro município se relaciona melhor com a instituição do que o que abriga seu maior campus, São Cristóvão. Todos os anos, alguns projetos são aplicados no município, mesmo quando não registrados pela Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. Em novembro, teve início mais um, promovido pelo Núcleo de Artes e Design da UFS, sob a coordenação da professora Marjorie Garrido Severo, o de ensino de artes em escolas públicas.
Profa. Marjorie Garrido
“A ideia é gerar propostas de trabalho em Artes para a escola Estaduais Olga Barreto, Deputado Elísio Carmelo e Paulo Sarasate, todas em São Cristóvão, e desenvolver em dois semestres uma pesquisa da Cultura Visual e do Ensino de Arte na Escola”, explica a professora. Ela informa que os projetos ocorrem em duas fases, sendo a primeira de verificação das problemáticas a serem trabalhadas e a segunda, de aplicação do projeto e avaliação de resultados. O projeto acontecerá por dois semestres consecutivos.

Nas escolas Deputado Elísio Carmelo e Paulo Sarasate, o projeto já foi iniciado e está na primeira fase, sob o acompanhamento dos professores Gladston Luiz Barroso e Elizabete Carmelo. Já na Escola Estadual Olga Barreto o projeto teve que ser adiado, segundo a professora Marjorie Garrido, porque as professoras que ministram a disciplina de Artes não são formadas na área e dão aulas em horários intercalados, impossibilitando a execução pelas estudantes da UFS participantes do projeto. Por esse motivo, as atividades delas foram transferidas para o Colégio Estadual Leandro Maciel, em Aracaju. Sobre a inexistência de professores de artes na escola, o diretor da Olga Batista, José da Silva Júnior, informou que o problema é a falta de profissionais capacitados, e que esse é um “problema generalizado”. Na Secretaria de Estado da Educação, ninguém foi encontrado para comentar o caso.

Garrido reitera a importância do ensino de artes, que para ela, é uma área de conhecimento que possibilita entender a condição humana e pode deflagrar o pensamento crítico nas escolas. “É importante termos certeza de que toda a potencialidade do ensino de artes só se tornará real se o professor acreditar que pode atuar como agente transformador dos/com seus alunos. Caso contrário, continuaremos sendo professores dispensáveis, colando bandeirinhas para a festa de São João”, afirma.

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