30 de nov. de 2011

ECONOMIA

Comércio do Rosa Elze garante renda para a população

Por Whagner Alcântara e Laíze Letícia

Localizado na cidade de São Cristóvão, na região da Grande Aracaju, o bairro Rosa Elze tem nos setores de comércio e serviços a principal fonte de renda da população. Em crescimento constante, ambos garantem que a grande maioria dos moradores não precise se deslocar da comunidade em busca de trabalho. As oportunidades, tanto de emprego formal quanto de ocupação informal, incluem casas de copiadoras, lanchonetes, restaurantes e postos de gasolina, entre outras. Apesar disso, alguns dos entrevistados pelo Contexto Repórter reclamaram da falta de investimentos da prefeitura.

Essas pessoas querem do governo municipal incentivos para a instalação de indústrias que garantam oportunidade de emprego com todas as garantias trabalhistas. Segundo o secretário de Infraestrutura, Valter Trindade, a prefeitura investe na comunidade com programas sociais, como o Casa Própria, que ajudam no crescimento da renda de muitas famílias do Rosa Elze. “Eu não vejo necessidade de investimento no ramo comercial do bairro, que cresce por si só”, disse ele. Já o secretário de Finanças, Lauro Rocha de Andrade, não quis falar muito, mas confirmou que a maior parte da renda local vem mesmo do comércio, que segundo ele gera, em média, de um a três salários mínimos por família. Explicou, ainda, que a variação de salário se dá pela variedade de produtos comercializados.

UFS influencia nos lucros
De uma forma geral, os comerciantes do Roza Elze não consideram preocupante a falta ou não de apoio da prefeitura, já que segundo eles a renda garantida pelo comércio é suficiente para a manutenção de suas famílias. Todos os entrevistados afirmaram que o local é ótimo para o comércio e apontaram a Universidade Federal de Sergipe (UFS) como “parceira” nos rendimentos obtidos por eles.

Genivaldo dos Santos, dono de uma frutaria, acha que é um privilégio ter seu comércio localizado ao lado da cidade universitária. “Sempre quis montar meu estabelecimento em algum lugar perto da Universidade e nunca me arrependi por isso, pelo contrário, agora colho os bons rendimentos”,  afirmou, sorrindo. Pedro Justino dos Santos Neto, dono de uma lanchonete, diz que o maior fluxo de seus clientes é dos alunos da UFS. “O lucro aqui (no estabelecimento), no período em que a Universidade está em férias, é muito menor do que quando está em aulas”, revela. Entre os empreendimentos locais, o que mais sofre com o período de férias da UFS é o das copiadoras, cuja perda de lucro pode chegar a 90% em algumas delas, em relação ao período letivo, segundo alguns donos entrevistados.

Porém, não é só nas proximidades da Universidade Federal que estão localizados os estabelecimentos comerciais do bairro. Ao dar uma volta pelas ruas do Roza Elze, a equipe do Contexto Repórter observou que comerciantes e prestadores de serviços expandem-se por todos os cantos. Segundo funcionários e proprietários destes pontos comercias, mesmo estando mais afastados do Campus, a influência da UFS nesses estabelecimentos é significativa. Eles atribuem isso à “migração” para o Rosa Elze de muitos universitários, em sua maioria do interior do estado, o que o caracteriza como um bairro dormitório. Para o secretário Valter Trindade, esse fluxo de pessoas para a localidade tem contribuído também para a expansão do setor imobiliário, que desde a instalação da UFS tem se mantido em alta. Ele acredita que nos próximos anos haverá um grande investimento por parte de empresas que pretendem abrir novas redes de apartamentos.

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